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Por Livia Rospantini - COBAP
Maurício Oliveira – Assessor econômico A disseminação da pandemia do coronavirus no mundo vem apontando para uma grande recessão econômica. Depois de primeiramente afetar a China, segunda economia do mundo, a pandemia atingiu fortemente as economias européias forçando o isolamento social e a parada da atividade econômica. Em seguida, afetou gravemente os Estados Unidos da América que é a maior economia do mundo. Essa crise afetou também países grandes produtores de petróleo, gerando queda na oferta do produto. Esse quadro fica mais grave porque ainda não se sabe quando será possível o controle do vírus para possibilitar uma reação consistente dos atores econômicos. O mês de abril, e provavelmente o mês de maio, serão ainda muito perigosos de aceleração da curva da contaminação do coronavirus. Por enquanto só há incertezas em relação ao futuro da crise sanitária e seus impactos profundos na economia global. Governos, instituições e especialistas de todo o mundo já estimam fortes quedas do Produto Interno Bruto (PIB) nas principais economias do mundo e, principalmente, nos países da América Latina, incluindo o Brasil. Com a redução mundial da produção industrial, do comércio e dos serviços, as demandas por produtos também caem e as conseqüências serão de dificuldades estruturais no funcionamento das empresas e o aumento do desemprego. Por serem considerados países mais vulneráveis, a América Latina sofrerá impactos maiores. País exportador de matérias primas, e grande vendedor de soja, minérios, carne e petróleo, o Brasil terá pela frente um cenário muito difícil de recuperação econômica, principalmente porque o seu maior comprador é a China, que se encontra com fechamento para grandes volumes de importações, e os Estados Unidos que se tornaram o novo epicentro da pandemia. Medidas protecionistas deverão ser impostas pelos Estados Unidos em relação ao seu comércio mundial para privilegiar a recuperação de sua produção interna. A crise econômica americana causará estragos no mundo todo. Para salvar vidas e conter a proliferação do coronavirus e, paralelamente, minimizar os impactos econômicos, tais como conter a queda do emprego e da renda, socorrer empresas e proteger populações carentes, os governos mundiais têm injetado bilhões em recursos para setores mais vulneráveis. No Brasil, o Governo Federal e o Legislativo vêm trabalhando no sentido de disponibilizar liquidez para a população informal, para micro, pequenas e médias empresas, ajuda monetária ao sistema financeiro, aumento do crédito e ajuda emergencial a estados e municípios. A prioridade deve ser o investimento em políticas sociais emergenciais, no sistema público de saúde e em ações sanitárias governamentais (União, Estados e Municípios) capazes de administrar minimamente o avanço da pandemia no país.Como se trata de uma crise mundial de saúde pública sem data para terminar, os governos monitoram o isolamento social e buscam medidas econômicas de expansão dos gastos públicos, como é o caso específico do Brasil, e também de novas injeções de recursos, orçamentários e não orçamentários (aumento de endividamento), para tentar reduzir o tamanho da recessão econômica. Entretanto, a recessão já é iminente por se tratar de uma crise sem precedentes e sem solução no curto prazo. Com a Europa e os EUA sendo atingidos brutalmente pelo coronavirus e em franca paralisação de suas atividades econômicas, a recuperação da economia mundial será longa e desequilibrada. Vai exigir uma grande cooperação e ação conjuntas de todos os países, principalmente os mais desenvolvidos. O Brasil sofrerá forte queda das exportações e o setor produtivo interno vai demorar para se recuperar, tendo em vista a paralisação de muitos setores industriais e uma infinidade de empresas com sérios problemas financeiros.
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